segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Devoção e culto a Nossa Senhora

A importância da devoção mariana na vida da Igreja
Por Marcos Cassiano Dutra

Devoção significa sentimento religioso; piedade. Importância quer dizer grande valor. Estas duas palavras se relacionam de forma teológica propícia e interessante quando se referem a uma figura seminal apresentada pela Sacra Página (Sagrada Escritura) no desenvolver da história da salvação. A figura bíblico-histórica é Maria de Nazaré, a mulher bendita entre todas, a nova Eva, a Santíssima Virgem Imaculada, a quem a Igreja presta um culto de veneração todo especial.
           
Diz a Constituição Dogmática Lumen Gentium – “A Igreja, contemplando a santidade misteriosa de Maria, imitando a sua caridade, e cumprindo fielmente a vontade do Pai, pela Palavra de Deus fielmente recebida torna-se também ela mãe: pela pregação e pelo Batismo gera, para uma vida nova e imortal, os filhos concebidos do Espírito Santo e nascidos de Deus. E é também Virgem, que guarda a fé jurada ao Esposo, íntegra e pura; e, à imitação da mãe do seu Senhor, conserva, pela graça do Espírito Santo, virginalmente íntegra a fé, sólida a caridade, sincera a caridade”.
           
Maria prefigura em sua vida exemplar à imagem da própria Igreja, esposa de Cristo, por isso sua devoção, espalhada por todo o mundo cristão em cada santuário ao seu patrocínio dedicado, é fonte virtuosa que educa os fiéis cristãos na prática das virtudes teologais e principalmente na eclesialidade, elemento essencial para uma catolicidade vigorosa, evangélica e missionária. Quanto mais a Igreja se aproxima de Nossa Senhora, tanto mais ela se torna santa diante de Deus que a quis e da humanidade a quem ela apascenta por mandato divino de seu fundador, nosso Senhor Jesus.
           
Assim expressa São Luís Maria de Montfort em seu Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem: “Esta devoção (a de Maria) é um meio seguro para ir a Jesus Cristo, porque é próprio da Santíssima Virgem conduzir-nos com segurança a Ele, como é próprio de Jesus conduzir-nos seguramente ao eterno Pai” (VD, 164). Contemplando e celebrando na liturgia da vida e do Altar as glórias de Maria, a Igreja enxerga na face maternal da Mãe do Redentor a sua específica fisionomia de ser mãe e educadora da cristandade, conduzindo, de maneira sacramentada, o povo de Deus ao encontro escatológico do Verbo humanizado e revelado na história do homem.       

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