sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Teologia da transformação social cristã


Fé e vida em ação
Por Marcos Cassiano Dutra


A fome, a miséria e a violência, ainda são realidades presentes que questionam a sociedade mundial na capacidade de desenvolver estruturas justas, as quais garantam o acesso de todos aos bens básicos como a alimentação, educação, trabalho, moradia e saneamento. É lamentável ver um sistema econômico fundamentado no egoísmo como força propulsora de seu capital. O desafio hodierno é a globalização da fraternidade universal como esperança de um mundo mais humano.

O mais triste disso tudo é ver nações, que ao menos de origem são cristãs, mergulhadas dentro do ciclo vicioso da ganância financeira no culto fetichista aos bens materiais. Soam fortes as palavras sábias, e porque não proféticas, de São Basílio Magno – “Ao faminto, pertence o pão que se estraga em tua casa; ao descalço pertence o sapato que cria bolor debaixo de tua cama; ao nu, pertence o dinheiro que desvaloriza em teus cofres”.

Os cristãos dessa época carente de humanismo sejam os artífices de uma nova ordem econômica e social mundial. O Evangelho de Jesus conclama os Bem-Aventurados do campo e das metrópoles a unirem forças na edificação de um ambiente social saudável, apartir do reino de Deus preludiado no meio de nós. Organizações populares de lavradores, sindicatos, associação de moradores, pastorais, são exemplos de como a soma de esforços em prol do bem comum gera transformação.

A ação social cristã, inserida nas instituições temporais, não vem a ser simples ativismo ou ideologia, é antes de tudo gesto concreto de fé, da fé em Cristo, companheiro de caminhada, nosso irmão e Mestre! Ficar parado ou fechar-se dentro das igrejas é alienar-se em espiritualidades individualistas, quando a Palavra de Deus nos exorta à comunhão e ao amor ao próximo.

Frente desigualdade social, qual a resposta cristã a essa problemática? O que fazer com a Doutrina Social da Igreja? E a teologia católica, qual sua reflexão teológica sobre a situação de marginalização dos filhos e filhas de Deus? A virtude teologal da esperança seja nossa aliada nos caminhos da paz, justiça e caridade.

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