A importância da saúde mental
Por Marcos Cassiano Dutra
A mente humana é objeto de estudo
não só da filosofia e da própria ciência, mas também da psicologia e
psiquiatria. Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, a mente é o estado da
consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza humana.
Na mente se encontram tudo aquilo que somos enquanto seres humanos - Ela é a
responsável pela cognição, comportamento, interpretação, desejos, temperamento,
imaginação, linguagem, sentidos, além das faculdades racionais como o
pensamento, a memória, a intuição, inteligência, arquétipos, sonhos,
sentimentos, ego e superego. Tudo isso somados na aritmética da existência,
resultam na personalidade específica de cada homem e mulher na vida social e
pessoal.
De fato a mentalidade é a grande
protagonista de uma vida saudável. Por isso nossa época discursa e discute
tanto sobre a saúde mental, haja vista o desafio atual da depressão, da
bipolaridade, do estresse, isto é, do ritmo cotidiano da vida moderna no qual o
consumismo material e virtual bombardeiam de informações o intelecto humano sem
a mínima noção da influência ideológica do que é “informado” no comportamento
mental das pessoas.
A busca constante por
especialistas na área da psicologia clínica e outras áreas afins é o efeito
visível da causa primeira chamada alienação. Alienação é a perturbação mental,
na qual se registra uma anulação da personalidade individual, ou seja,
alienação refere-se à diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar e agir
por si próprios. Alheio a sua realidade humana, o homem se desumaniza e
tornar-se mero fantoche da ideologia de consumo. Essa desordem mental é o grave
problema de saúde contemporâneo a afetar crianças, jovens e adultos, sendo o
suicídio o fenômeno, o fato patológico, que indica o resultado mortífero da alienação,
quando não encarada e tratada devidamente.
Pertinente é a frase do célebre
cientista Albert Einstein - “A mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original.” Mentes atrofiadas pela alienação perdem a
oportunidade de contribuírem para com o progresso da humanidade e aumentam os
índices da manipulação ideológica arquitetadas pelos que detêm nas mãos os
instrumentos áudios-visuais e digitais para tal fim. Expandir o cérebro com
nova idéias, ou seja, com o conhecimento, é bom para a saúde mental e social,
afinal a vida em sociedade é o reflexo do raciocínio humano, capaz de
estabelecer relações comunitárias.
Carl Jung, um dos clássicos da
psicologia, afirma: “Os sonhos são as manifestações não falsificadas da
atividade criativa inconsciente.” Por tudo isso, vale à pena estudar a mente
humana e sonhar (no bom sentido do termo) com um mundo no qual homens e
mulheres, em saudável uso de suas capacidades cerebrais, juntos edifiquem uma
realidade libertada das ideologias alienadoras as quais ainda insistem em
existir.