quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Jesus Cristo ontem, hoje e sempre!

Quem é esse Jesus?
Por Marcos Cassiano Dutra


Quem é esse Jesus? Geralmente alguma vez na vida as pessoas fazem essa pergunta, mesmo os que não acreditam na divindade do homem de Nazaré se questionam sobre ele, uma figura muito influente na cultura e religiosidade do Ocidente e admirado pela mística da ritualidade do Oriente. São mais de séculos o estudo acerca desse personagem central na história da salvação e importante para a história da humanidade, como um divisor de tempos. Vários documentos históricos o citam além da Bíblia Sagrada, várias doutrinas religiosas o tem como referência primeira e fundamento e muitos lugares sagrados reportam a ele, pois a tradição cristã acredita terem sido tocados por sua presença física e espiritual.
 Como se pode notar, o Jesus histórico e o Cristo da fé, mito para alguns e místico para outros, continua a fomentar no homem contemporâneo os mesmos gestos, palavras e ações da outrora época evangélica, que gerou mudança nos mais distintos ouvintes do Evangelho que ele (o Mestre de Nazaré) trazia como baluarte salvífico. Eis o segredo que envolve a transmissão e a consolidação épocal da mensagem de Cristo ao longo do tempo: primeiramente o testemunho vivo daqueles que conviveram e fizeram a experiência pascal com ele – os discípulos, em especial os Santos Apóstolos. Posteriormente os cristãos mártires dos primeiros séculos do Cristianismo, durante a perseguição romana. Os célebres e iluminares Padres da Patrística latina e grega, os pensadores escolásticos, como Tomás de Aquino, bem como os inúmeros santos e santas de cada época da história da Igreja, pois a familiaridade com os santos nos une a Cristo, porque eles são os co-herdeiros de Cristo pelos graus heróicos de santidade que praticaram. Porém, não menos e sim mais importante que todos esses feitos, fatos e pessoas, estão o Sacro Primado de Pedro e o Colégio Apostólico, ou seja, o Magistério da Igreja, que salvaguardaram o tesouro da fé em Cristo e, sob a guia do Espírito Santo, o interpretaram a fim de motivarem os fiéis, ao longo do tempo e da história, na prática de uma vida coerente com a proposta de Jesus nosso Senhor, manifestando em cada contexto histórico a força e o vigor transformador da fé no Filho de Deus.
 Todos esses fatores foram determinantes para que o depósito da fé em torno da pessoa de Jesus Cristo, não se perdesse na trama da história, mas fosse difundido por toda a cristandade ao mundo inteiro como semente de salvação, cumprindo assim o último pedido do Divino Mestre, antes de retornar a glória celeste – “Ide pelo mundo e anuncie o Evangelho a toda criatura”. Isso motivou e garantiu a elaboração da cristologia, permitindo um aprimoramento paulatino de toda a teologia cristã, tendo como célula principal de sua hermenêutica Jesus Cristo. É inegável que o testemunho de vida é o carro-chefe que primeiro anunciou e anuncia Cristo a humanidade e o continuará a fazer, por ser ainda a forma mais eloquente da evangelização.
É impossível ao perguntar e discorrer sobre Jesus não citar uma de suas obras mais sublimes e importante: a Igreja, “povo de Deus congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Lumen Gentium). Igreja iniciada já por Jesus com a pregação da Boa Nova. A Igreja tem um papel elementar quando o assunto é Cristo. Primeiro porque fora fundada por ele, então há uma relação muito íntima entre um e outro, e, segundo porque é através dela e por mandato divino que os homens e mulheres de cada sociedade conhecem, celebram e aproximam-se sacramentalmente de Jesus para assim vivê-lo e apresentá-lo a realidade do mundo, hoje secularizado. A Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Vaticano II, descreve bela e poeticamente a Igreja como sendo rebanho do Senhor, porque ele é seu Divino Pastor. Lavoura de Deus, porque ele é seu agricultor celeste. Construção de Deus, porque ele é seu alicerce e Jerusalém Celeste porque é a esposa do Cordeiro de Deus, Cristo.
O Jesus Cristo esperado e narrado pela Sagrada Escritura, cujo humanismo vai além de tudo aquilo que o homem possa imaginar, continuará questionando e enfrentando o homem hodierno e o relativismo secular, porque suas palavras não passam, permanecem e não se cansam de convidar todos à conversão, à bondade, à justiça, ao perdão, à partilha, ao amor e a fé em Deus; 7 anseios naturais que movimentam a vida do ser humano. Jesus Cristo é importante e o será ontem, hoje e sempre, porque ele é o único, dentre todos os mestres religiosos e filósofos, que consegue transformar o homem pela essência, penetrando de forma inefável a sua existência.     

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