O coração de Deus
Contemplando o amor divino
Por Marcos Cassiano Dutra
Contemplo no silêncio a vida e
fico a imaginar o futuro com a influência do presente, e a sabedoria do
passado. Aprender, eis o segredo de quem almeja viver bem. É um equivoco muito
grande reduzir a vida aos prazeres e alegrias, vida também é sinônimo de fraquezas
e tristezas, cabe ao homem ser prudente e saber interpretar os sinais que a
existência lhe dá ao longo de seu existir humano.
A
inteligência é importante, mas que seria a vida se não fosse à arte de amar, ou
seja, de usar do coração para expressar os mais ternos sentimentos humanos! Não
vive bem que não se ama e não sabe amar os outros. É na dinâmica do amar e ser
amado que a natureza humana vai se conhecendo como um ser capaz de boas
relações como a paz mundial, efeito magnífico do amor humano entre toda a
humanidade.
Desejo
vivamente que o amor se faça presente entre todos nós! Como nos enche os lábios
de satisfação ao dizer: eu amo alguém, ou eu sou amado! Deve ser por isso mesmo
que a família é a célula indispensável na formação do homem como ser social,
pois é na família, no amor dos pais, que todos somos educados para o amor ao
próximo. Feliz é o provérbio popular que não se cansa de repetir: “só o amor
constrói!” Constrói tudo aquilo que a inveja, a ofensa, o preconceito, teimam
insistentemente em destruir e desumanizar.
O
amor é tão importante que o próprio Jesus de Nazaré, ao aproximar-se de seu
suplício glorioso e pascal, deixou aos seus discípulos a sagrada ordem, o
mandamento do amai-vos uns aos outros assim como Eu, vos amei, porque o Pai, o
Criador e Pai, me amou e em mim ama todos vocês! Portanto, ser discípulo e
discípula do Divino Mestre é ser seguidor do amor, amor verdadeiro que se fez
sacrifício eterno e salvador no algoz da cruz libertadora e redentora.
O
titulo mais belo que se pode dar a Jesus é o de Sagrado Coração. Rei do
Universo, Cristo, Senhor dos senhores.... Todos esses títulos são pequenos
diante do Coração Sagrado de Jesus! Como pode um Deus ser Rei de tudo e de
todos, ser o Ungido e Senhor, se não tiver dentro de si um coração? Deus,
Santíssima Trindade, é Deus, por que é amor, já nos recorda São João no
Apocalipse. Para conhecê-lo é necessário antes de tudo amar, porque só o
conhece quem ama! Ah, Senhor Deus, como é belo chamá-lo de Sagrado Coração,
Coração Santo, que pulsa misericordiosamente no peito transpassado de Jesus
Cristo crucificado-ressuscitado!
Um
Deus sem coração é um deus morto. Tu, Senhor, és vivo por que tens um coração!
Coração que se fez nossa carne, nossa gente e quis nos amar da mesma forma que
nós humanamente nos amamos. No fim de tudo, quando a vida terrena se findar,
escutai esse apelo orante e piedoso: guarda-nos em teu Sagrado Coração !
Não há lugar mais seguro, santo e santificador que morar eternamente em teu
coração. Imagino, pois o céu como um grande coração onde todos são amados
infinitamente.
Bela é a
jaculatória que diz: “Fazei o nosso coração semelhante ao vosso”. Sim, nosso
coração deve ser semelhante ao vosso, Senhor, coração que jamais guerreia, que
jamais nega o pão, que jamais exclui, que jamais mata, que jamais calunia...
Nos últimos
instantes dessa prece escrevo, inclinado diante do mistério da Divina
Misericórdia, um breve agradecimento ao Amor Divino – “Jesus, eu confio em
vós!”
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