quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Servir a Sagrada Liturgia

A importância de ser acólito e coroinha
Por Marcos Cassiano Dutra


Sabemos desde pequenos que a Missa, a celebração da Eucaristia, é um dos momentos mais importantes na vida de quem tem fé em Cristo e busca ter uma vida correta, de acordo com as palavras do próprio Jesus. Por isso o fiel cristão vai ao culto divino dominical, porque aquela reunião semanal dos cristãos alimenta sua vida espiritual e cotidiana, porque o Evangelho o estimula na prática da caridade, do amor ao próximo e porque o Sacramento da Comunhão lhe alimenta a esperança naquilo que está além da realidade concreta e é fonte de tudo e de todos: Deus, Criador e Pai.
           
 Quanto mistério se faz presente no ato simples e nobre de celebrar a páscoa de Jesus! Por ser de uma riqueza incalculável que existe alguém especial escolhido por Deus para estar à frente da comunidade de fé, presidindo esta celebração eucarística e os demais sacramentos, essa pessoa é o padre, o sacerdote, que age na pessoa divina de Jesus Cristo, é outro Cristo no altar e nos ensina no fazer-se sacerdote a sermos também outros cristos no mundo, pois o cristão é outro cristo “Christianus alter christus”.
           
Como a celebração não acontece sozinha por si só, mas necessita de uma comunhão de pessoas, reunidas e unidas em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que, ao longo da história da Igreja, a maneira com que se celebra o mistério pascal de Jesus foi sendo enriquecida pela participação dos fiéis, seja no canto, no assistir a celebração, como no auxiliar o sacerdote durante o ritual da Missa. Aí entram duas figuras litúrgicas especiais na ação celebrativa pelo serviço que prestam a Cristo: os acólitos e coroinhas. Crianças e adolescentes que dedicam parte de sua infância e adolescência ao altar de Jesus, ajudando o padre.
           
Ser acólito e coroinha, além da importância litúrgica ministerial (serviço) que têm por natureza, é uma espiritualidade na vida da Igreja e fonte de inúmeras vocações específicas. Como é belo quando vemos o testemunho de tantos adultos que no passado, quando crianças, também foram coroinhas ou acólitos em suas paróquias. Percebemos o orgulho com que falam e testemunham terem servido ao altar. Ser acólito e coroinha é uma parte bonita da vida, que se torna mais bela, mais cristã e mais santificante, quando prestamos voluntariamente por, com e em Cristo esse serviço. Se Jesus não for o motivo fundante do meu ser acólito e coroinha, de que vale trajar uma túnica e assentar-se ao presbitério? Quando Jesus é o centro de meu ser acólito e coroinha isso transparece em meus gestos, palavras e ações. Vou ao poucos me assemelhando a Ele, isto é, Jesus vai tornando-se cada vez mais meu amigo e parte de mim, vivendo em mim cada vez que o comungo e o sirvo no altar.          
           
Você que é acólito ou coroinha, faça sua prece de gratidão a Deus pelo dom de servir no Santo Sacrifício da Missa. São Tarcísio, modelo virtuoso de amor a liturgia e a Eucaristia, seja o exemplo do agir celebrativo de acólitos e coroinhas. Seja nossa postura no altar um reflexo de nosso amor ao Corpo de Cristo, ao sacerdote que preside e à comunidade de fé que participa desta comunhão divina com o mistério do Deus que se faz Palavra e Alimento de salvação.
           
Brote no coração das crianças e adolescentes que são acólitos e coroinhas um verdadeiro sentimento cristão de amor à Igreja, ou seja, o povo de Deus, Corpo místico de Cristo do qual são parte integrante e importante. De tudo que se refletiu, perguntamos – qual a importância de ser acólito e coroinha? A resposta é simples e profunda: A importância está em ser generoso, responsável, comprometido e zeloso pela liturgia. Essas quatro qualidades são elementos necessários para que os frutos de santidade, oriundos da ação servidora dos acólitos e coroinhas, se façam presente na vida dos que desempenham tal papel. Bem-aventurado o acólito e coroinha fiel, são como pérolas preciosas que adornam o altar do Senhor de pureza e santidade.

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