terça-feira, 29 de maio de 2012

Aprendendo a ser louco

A criatividade da loucura
O despertar humano para a realidade
Por Marcos Cassiano Dutra


Nos lamentos da decepção clama a vida humana pela libertação de todas as regras opressoras, e, da hipocrisia que falseia o caráter do próprio homem em mundos ideais distante do real, na audaciosa busca pela aparência e ignoramento da essência. Prefiro a loucura dos audaciosos que não renunciam sua identidade a contra gosto dos grupos dominantes que difundem a ideologia da sociedade mascarada e caricaturada; prefiro a coragem dos profetas de ontem e de hoje, admiro os que dizem a verdade doa a quem doer, afinal o pior erro é tornar-se omisso diante das mentiras enrustidas de caráter legal e no fundo privilegiam alguns... Reverencio os mártires da justiça, gente de ideais nobres e humanitários, derramam o sangue em nome da fraternidade e irriga de esperança o chão do cotidiano tão contraditório...
            
 Pessoas assim fazem o mundo pensar, questionam e fomentam transformação. O hoje carece desses criativos da loucura, que pensam anos à frente, que não limitam o olhar e não atrofiam a opinião, reduzindo-a a normas fanáticas para manutenção de uma estrutura social fajuta e falida.
           
 Os dominantes os enxergam sempre como subversivos, pedras no meio do caminho. Sempre serão chamados de gentinha, de doidos, de anárquicos ou até comunistas, todavia a loucura deles continuará movimentando as opiniões e impulsionando corações na luta diária por um mundo diferente desse que se apresenta consumista, elitista, relativo, erotizado e ahistórico.
           
 Tenho pena dos alienados que pretendem conservar uma sociedade arcaica e manipulada sempre pelo interesse dos opressores, esses conservadores assinam a própria decadência humana, renúncia a liberdade de serem humanos para tornarem-se escravos de status sociais.
             
Solidarizo-me com os perseguidos, os torturados, esquecidos e injustiçados, acredito no profetismo e na paz inquieta deles, antes morrer por um ideal sublime que terminar fracassado na angustia de ter-se desumanizado em nome de privilégios e comodidades.
           
 Criatividade da loucura, poesia prática da autonomia e da transformação, da concretização dos sonhos, da libertação da consciência, do homem despertado para a realidade de dias melhores para todos.
           
 

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