quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eclesiologia catequética


Catequese sobre a Igreja
Contemplando a eclesiologia
Por Marcos Cassiano Dutra

Jesus Cristo, ao instituir sua Igreja na comunidade de seus discípulos, formados e designados por ele como Apóstolos, quis erigir algo sagrado que, de maneira visível, inserido na realidade temporal, cooperasse pastoralmente para a salvação de todos os filhos de Deus. Por isso mesmo a Igreja é denominada de sacramento de salvação no mundo, age em nome de Deus, em prol de seu reino, na incumbência de ser instrumento salvador do gênero humano.

Essa sacralidade invisível da Igreja se faz presente em seus rituais, os quais expressam a natureza do sagrado por meio de símbolos, sinais sensíveis, cantos, palavras... A liturgia é considerada como sendo o âmago da piedade e religiosidade cristã. É pela liturgia que se celebram os mistérios da fé em Cristo, dentre eles o maior de todos: o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, a Santa Missa.

A Igreja é constituída de uma hierarquia de comunhão, formada pelos Bispos em íntima união com o Papa, na autoridade que lhes cabe como Sagrados Pastores da Grei do Senhor no ofício ministerial ordenado de ensinar, reger e santificar, do qual participam também os sacerdotes. A Igreja é também missionária, seu ser é a comunhão e seu agir a missão, desta missão participam os Diáconos, encarregados da caridade pastoral eclesial, bem como os religiosos e religiosas. Uma Igreja sem missão é uma Igreja desfigurada, Cristo é o modelo de Bom Pastor e Missionário do Pai, duas qualidades indispensáveis para a eclesialidade.

A Igreja é também comprometida com a humanidade, isso se faz ação social cristã nos homens e mulheres cristãos, leigos e leigas, que assumem seu sacerdócio comum de fiéis batizados nas mais distintas realidades da vida social: na família,  escola,  trabalho, sindicatos, ONGs, nos vastos campos da política, cultura, tecnologia  e demais organizações sociais.

Tudo isso forma a mais excelsa adjetivação da Igreja: ela é povo de Deus, que celebra sua fé, que vive suas vocações e procura corresponder ao Evangelho diante das problemáticas do mundo contemporâneo, sendo sinal de esperança onde há desespero.

Toda essa idealização da Igreja só não se torna mais real e menos teórica, por que antes de mais nada exige converção. Os cristãos de nosso tempo necessitam converterem-se antes que seja tarde demais. A humanidade clama pelo testemunho cristão verdadeiro, sem demagogias, sem ilusões, sem fantasias...

O homem contemporâneo está carente de referenciais fortes que lhe ajude a humanizar-se. A fé cristã humaniza, se de fato ela liberta o ser humano ao invés de aliená-lo. Cristo é o libertador das mentes, do corpo, do espírito... Cristianismo que nega seu aspecto libertário é tudo, menos Igreja de Cristo, dado que a fé cristã é em si uma fé libertadora, questionante, educativa e por isso humanizante.

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