sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Teologia das vocações III


A vocação á vida cristã leiga
Por Marcos Cassiano Dutra

 
Dentro da teologia das vocações a vida cristã leiga ocupa um espaço importante na eclesialidade ao ser fermento evangélico de vitalidade da Igreja e de sua ação social dentro da realidade temporal. Pelo Sacramento do Batismo, cada fiel é configurado ao ser e agir de Jesus Cristo ao sepultar-se com Ele nas águas batismais, tornando-se nova criatura, ao assumir, na fé dos pais e padrinhos, que é a fé da Igreja, uma identidade específica que lhe marca por toda vida, ou seja, O Batismo imprime no fiel um caráter, uma personalidade. Essa personalidade é a vida cristã.

Um antigo provérbio latino não se cansa de afirmar - "christianus alter christus"' (o cristão é outro cristo). No Batismo tornamo-nos cristãos, tornarmo-nos outros cristos e, marcados com essa identidade, temos a missão de testemunhá-lo no mundo. Portanto, o cristão leigo é "homem do mundo no coração da Igreja e homem da Igreja no coração do mundo".

O Batismo nos torna membros do Corpo místico de Cristo-Cabeça que é sua comunidade de fé e vida, a Igreja. O Batismo nos incorpora na comunidade eclesial, no povo de Deus, que é por índole um povo sacerdotal, dado que o Batismo nos unge profetas, sacerdotes e reis.

O sacerdócio comum dos fiéis batizados tem uma dúplice função vocacional e teológica: é ao mesmo tempo graça sacramental e missão evangélica. Nesse sentido, a vida cristã leiga é uma oportunidade sagrada de santificação da vida humana e da realidade cotidiana a partir dos gestos, palavras e ações de Cristo, centro da fé cristã e modelo de vida cristã.

A importância do Sacramento do Batismo é essencial, uma vez que ele é fonte de todas as vocações e sinal sagrado da sacralidade misteriosa que envolve a vida do povo de Deus, guiados na sabedoria do Magistério Apostólico e motivados pela piedade cristã na celebração da Tradição e na escuta da Sagrada Escritura.

O jubilar Concílio Vaticano II foi providente no aspecto vocacional ao dar novo impulso vocacional aos leigos e leigas, valorizando dentro da eclesiologia, a sua participação na ação evangelizadora da Igreja. Bem-Aventurado o cristão e cristã leigos que vivem com dignidade suas vocações!

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