segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Os desafios da Igreja



Uma Igreja diferente?
Por Marcos Cassiano Dutra



Quando o exemplo vem de cima, as bases são capazes de conversão. Eis o que acontece com a Igreja Católica neste alvorecer do pontificado do Papa Francisco, não que seus antecessores foram menos exemplares, pois a personalidade de cada pontífice é especial ao Cristianismo e contribui de forma específica no pastoreio do Rebanho do Senhor.
            
 Porém, Francisco vem superando as expectativas com seus gestos, palavras e ações proféticas, indicando aos cristãos e não-cristãos eloqüentes sinais de esperança. Por isso é possível acreditar numa reforma do catolicismo e na unidade dos cristãos a partir da herança pastoral aos poucos sendo construída no “pontificado franciscano” de Bergoglio. Uma reforma e unidade que deve nascer humildemente da conversão diária de cada fiel, especialmente dos pregadores e membros da hierarquia.
             
Conversão, palavra derivava do grego metanoia, que significa mudança de mentalidade ou mentalidades. Eis, portanto, a palavra-chave para os cristãos e o catolicismo: mudar, com a graça de Deus, as mentalidades materialistas, burocráticas e imorais que maculam a fé cristã, prejudicam a evangelização, ferem a santidade da Igreja e reduzem a teologia a um discurso demagógico, anacrônico e condenatório. O resultado dessas mentalidades que distorcem a mensagem e a vida cristã, deformando o rosto da Igreja, é a hipocrisia religiosa. Esse é o desafio que Francisco, em nome de Cristo, nos convida a enfrentar de maneira penitente.
            
É uma Igreja diferente que se apresenta e o Concílio Vaticano II que, passados 50 anos de sua solene abertura, torna a soprar o vento do Espírito Santo na vida da Igreja por meio do Papa que veio “do fim do mundo”. Nada acontece por acaso, e todo esse clima de alegre expectativa pelo futuro é, não só resultado de entusiasmos, mas sinal de um árduo caminho evangélico cuja finalidade é reconfigurar em Jesus Cristo, e na opção preferencial pelos pobres, a fisionomia da Igreja em um contexto maior, o qual abarca em si todo o Cristianismo e os homens e mulheres de boa vontade.
             
Tal qual o papa que pede sempre – “Rezem por mim!” – nós também  o devemos fazer, porque de fato, só haverá a conversão dos cristãos e as transformações necessárias na vida da Igreja, mediante um exercício constante e sincero da oração. Acredito nessa Igreja diferente que Francisco nos exorta a viver, e espero enxergar no clero a mesma esperança que nosso querido Papa nos convida a praticar em simplicidade, austeridade, espiritualidade e verdade.  

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