quarta-feira, 6 de março de 2013

"As aparências enganam..."


Sociedade das aparências
Por Marcos Cassiano Dutra
          
Na Idade Moderna a razão era o fator determinante para se saber quem é o homem. René Descartes, filósofo francês dessa época dizia: “Cogito ergo sum” – penso, logo existo. Hoje, no século XXI, inverteram-se tudo, não mais o racionalismo e sim a aparência é o que define o humano. “Apareço, logo existo”, essa é a premissa da sociedade das aparências, mergulhada de forma alienante no consumismo virtual das plataformas de relacionamentos que o advento da internet proporcionou.
            
Aparecer é o verbo preferido das ações do invejoso que deleta (apaga) a todo custo aquele ou aqueles os quais ousam colocar sua imagem de pop-star em escanteio. A psicologia do holofote abarca não só o mundo virtual, mas também o real, seja nas revistas, jornais e outros meios de comunicação social. Além dos já conhecidos plágios, ou seja, a cópia de teorias ou idéias de algum autor, a competição pelo status que a aparência proporciona é o motivo crucial na aplicação da inveja entre as pessoas.
            
Infelizes os invejosos, que excluem a imagem do próximo por puro egoísmo enrustido nos mais fajutos pretextos sociais ou até mesmo religiosos, o que em si é lamentável. Esses cultivadores da inveja ainda não aprenderam que o maior tesouro da vida é o respeito pelos dons e a criatividade dos irmãos na escola da vida.
            
Pertinente é o pensamento do saudoso músico Renato Russo – “As pessoas julgam a aparência, mas se esquecem de que o mal da sociedade são as pessoas sem caráter”.

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