quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Teologia da Revelação e da Encarnação


Revelação Divina e Mariologia da Encarnação
Por Marcos Cassiano Dutra

            Quando o assunto dentro da fé cristã é Jesus Cristo, duas figuras jamais devem sair de cena, são elas – Deus e Maria. Em primeiro plano surge o mistério trinitário de Deus, que em sua revelação ao ser humano, por meio da história, desenvolve e firma com ele uma aliança, chamada de testamento, que configura o período bíblico chamado história da salvação.
            Na história da salvação a revelação de Deus ganha significado e importância, tendo em vista o ser humano, destinatário privilegiado do mistério do Deus Salvador. Em Jesus Cristo, manifesta-se na história humana a completude da revelação do Sagrado, na hora escatológica, à hora da salvação; dado que, como escreve o Teólogo Joseph Ratzinger (Bento XVI) – “Em Jesus é o próprio Deus quem chega e, desse modo, confere à história a sua definitiva direção”, a direção da cruz, da redenção e da ressurreição.
            Cristo possue um nome, um caráter, uma identidade. O nome do Verbo Encarnado Salvador é Jesus, palavra que em hebraico possui um tetragrama com as iniciais de Javé YHWH, e significa Deus salva, ou seja, O Deus da Antiga Aliança, Aquele que é, é o mesmo Deus presente e salvador em Jesus de Nazaré. Portanto, “a revelação do nome de Deus, que começou na sarça ardente, é completado em Jesus” (Bento XVI no Livro A infância de Jesus).
            Deus revelador, salvador e libertador, que ouve agora por meio de seu Filho as angustias, os sofrimentos de seu povo eleito e o liberta, com a força profética de sua ação messiânica, a qual não utiliza das armas e sim da palavra transformadora do Evangelho, isto é, do Reino de Deus.
            Em segundo plano, diante da Divina Providência que envia o Messias, está à acolhedora fecunda do mistério da encarnação, Maria. Diz São Bernardo de Claraval: “Ao criar a liberdade Deus se tornou dependente do homem. O seu poder está ligado ao “sim” não forçado de uma pessoa humana”. Assim o foi e é o sim da Virgem de Nazaré, sim generoso e comprometido com Deus na história da salvação. Neste sim de Maria, realizou-se a conclusão mais magnífica da liberdade do ser humano: o sim a salvação.
             Louvemos a Santíssima Trindade, honrando e venerando aquela que por desígnio insondável foi escolhida para gerar o Redentor e se tornar Mãe da Igreja e advogada dos pecadores, intercessora dos aflitos, auxilio dos cristãos.

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